Você já ouviu falar do jogo Celeste? Trata-se de um jogo independente criado por dois canadenses, Matt Thorson e Noel Berry. Celeste foi lançado em janeiro de 2018 para Windows, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, macOS, e Linux.
Talvez você já o conhecia ou mesmo já até o jogou, mas o que talvez você não saiba ainda, é que esse incrível projeto tenha sido resultado de uma Game Jam e seu conceito inicial desenvolvido em apenas 4 dias.
Vencedor de dois prêmios no Game Awards – espécie de “Oscar dos games” – sendo os de Melhor Jogo Independente e Melhor Jogo com Impacto Social, Celeste ainda concorreu ao prêmio de Melhor Jogo do Ano.
Noel Berry e Matt Thorson criaram o protótipo de Celeste em quatro dias durante uma Game Jam chamado Celeste Classic. O resultado foi um difícil jogo de plataforma com 30 níveis. Eles se inspiraram na dificuldade dos jogos de plataformas da era do Super Nintendo.
Berry e Thorson desenvolveram então uma versão completa de Celeste e realizaram um lançamento por conta própria com mais de 200 níveis espalhados entre oito capítulos. Partes do processo de desenvolvimento foi compartilhado na Twitch, para sua base de fãs. O protótipo original, inclusive, está incluindo no jogo como um item desbloqueável a ser encontrado.
O game foi aclamado pela crítica especializada e obteve grandes notas em sites especializados. Isso o levou a conquistar os prêmios da Game Awards.
Mas afinal, qual a lição que podemos tirar disso?
Celeste foi um projeto independente criado por uma grande equipe que inclusive contou com 3 brasileiros participantes, responsáveis pelas artes e campanhas de marketing em redes sociais.
Mas por trás disso, temos uma ideia de um projeto simples, porém altamente viciante e com uma mecânica formidável.
Quem jogou Celeste sabe que os gráficos 2D em estilo de Pixel Art dão um charme a mais ao game. Sua mecânica que te permite morrer várias vezes até conseguir completar determinado nível, trouxe uma forma de jogar somente vista em jogos antigos de Super Nintendo e afins.
A ideia do game foi tão simples que pôde ser botada em prática em apenas 4 dias na construção do primeiro protótipo. Sim, esses 4 dias foram cruciais para o sucesso mundial do projeto, afinal foi ali que os desenvolvedores aprimoraram o jogo para depois trabalharem na versão completa com mais fases.
Celeste nos mostra que nem sempre a complexidade é a melhor escolha. Talvez criar projetos mais simples, com mecânicas e gráficos simples, porém bem elaborados poderá encurtar o prazo de desenvolvimento e trazer um resultado grandioso.
O simples levou a equipe de Celeste ao prêmio de melhor jogo indie de 2018 e a concorrer a melhor jogo do ano contra gigantes como God of War e Red Dead Redemption.
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