O visual do jogo é um dos primeiros elementos a chamar atenção e convencer o jogador experimentar o game.
E assim a grande maioria dos desenvolvedores buscam criar a melhor estética de arte possível para o visual do seu jogo.
Mas, existem muitos detalhes que vão além de apenas ter os melhores gráficos, e que entram no termo “Fadiga Visual da Arte”
O que é Fadiga Visual da Arte?
Ao escutar esse termo podemos pensar que se refere apenas á arte do jogo.
E, na verdade, tem muito mais a ver com a composição visual e tempo de tela.
Pois, a “Fadiga Visual da Arte” ocorre quando o jogador passa muito tempo da gameplay em um mesmo ambiente.
E sem novidades, com os mesmos inimigos, perigos, estética decorativa do cenário, etc.
Mas perceba que isso pode acontecer até mesmo com jogos extremamente belos.
Porém que se tornam cansativos quando as fases são excessivamente logas, repetitivas e não se renovam.
Como Evitar a Fadiga Visual da Arte
Existem diversas formas de capturar o interesse do jogador em gameplay, com histórias, power ups, gatilhos mentais, etc.
Mas, voltado a Fadiga Visual precisamos trabalhar isso ao longo de todo o jogo.
Pois, é preciso renovar sempre a ambientação do jogo.
E o primeiro passo é começar pelo planejamento do game, escolhendo o estilo do jogo.
E buscando referencias semelhantes, e dividir seu jogo em diferentes regiões temáticas de preferencia.
Pois, o mais comum são jogos adotarem o padrão de fases ou Levels.
E em jogos de plataforma ou metroidvanias, áreas, para jogos de mundo aberto, etc.
Porém, essa divisão é importante, para podemos definir uma ambientação totalmente renovada.
E isso para cada fase que o jogador passar, trazendo sempre um “Frescor” visual.
Jogos como The Witcher, por exemplo, trabalham com áreas para cada mapa.
Onde o bioma do mapa muda completamente, e isso agrada demais ao jogador!
Renove os desafios
Mas não é apenas os elementos do ambiente que precisam mudar, toda a fase em si, deve acompanhar essa mudança.
E isso para trazer novos desafios ao jogador.
Por exemplo em um ambiente de floresta você pode ter armadilhas que disparam flechas, poças acidas,etc.
Mas em um ambiente de gelo, o chão pode ser escorregadio, ventos fortes empurram o jogador, buracos com estacas congeladas, etc.
Em resumo, o ambiente precisa se modificar para forçar o jogador a mudar totalmente o ritmo de gameplay.
E a mesma regra serve também serve para os inimigos, quanto mais únicos forem, muito mais convincente o novo ambiente será.
Pois,os jogadores adoram chegar em uma nova área e ver vários inimigos diferentes.
E com ataques e comportamentos novos, trazendo ainda mais empolgação para explorar.
E sempre que possível crie inimigos únicos para cada região, evite aproveitar o mesmo para vários lugares.
Mas se fizer isso, mude pelo menos a cor e o estilo de ataque.
Por fim, faça sempre que possível um esforço para criar uma sala de batalha com Boss, única e diferente.
Os chefões representam o clímax de um game, e precisam de um palco apropriado para tal, de forma a impressionar o jogador.
Ele preciosa sentir de verdade que está entrando em um local ameaçador e hostil, capriche na decoração, isso vai trazer muita adrenalina para o jogador.
Tome sempre o cuidado para que as camadas decorativas: Background e ForeGround, nunca fiquem na frente da visão do jogador.
Pois, isso pode levar o jogador a ter derrotas ou mortes excessivas.
E se frustrar com a experiência de gameplay e desistir de jogar rapidamente.
Mas, todas essas dicas unidas contribuem para que a ambientação do seu jogo nunca cause a “Fadiga Visual da Arte” no jogador.
E preservando uma experiência cinematográfica como em Ori, por exemplo, onde sentimos que o mundo do jogo é de fato único e vivo.
Logo abaixo você encontrará um video excelente de como Blasphemous 2 conseguiu lidar com a Fadiga Visual da Arte!
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