A indústria de jogos Triple A vive um paradoxo: nunca teve tanto dinheiro, tecnologia ou alcance global antes.
Mas, os grandes estúdios parecem estar cada vez mais refém de fórmulas seguras.
Franquias consagradas como Call of Duty, FIFA (agora EA Sports FC) e Assassin’s Creed, são bons exemplos.
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Pois, perpetuam ciclos anuais de lançamentos que, embora tecnicamente polidos, raramente surpreendem.
E a prioridade é clara: minimizar riscos para maximizar lucros, e o resultado? Jogos mais do mesmo!
E que parecem cópias sem esforço de seus predecessores, com mecânicas repetitivas e narrativas genéricas.
O Círculo Vicioso da Ganância Corporativa
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Os custos de produção de jogos Triple A atingiram patamares estratosféricos.
Cyberpunk 2077, por exemplo, gastou mais de US$ 300 milhões em desenvolvimento e marketing.
Mas lançou um produto cheio de falhas técnicas, que manchou a reputação de seu estúdio por anos.
E apesar de que na opinião de muitos, eles deram a volta por cima, esse cenário reflete uma grande realidade.
Muitos estúdios preferem investir em marketing agressivo e gráficos de última geração, do que em gameplay divertida para o jogador.
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E essa cultura do day-one patch (correções pós-lançamento) normalizou a entrega de produtos inacabados.
E infelizmente isso nos mostra que grandes empresas criam jogos mais para agradar investidores do que jogadores.
Por isso o reflexo atual que vemos é de grandes jogos consolidados, flopando em seu lançamento.
Afinal o jogador está cansado de jogos onde se paga muito caro, para receber um produto ruim e inacabado.
A esperança GTA 6 redefinir preços
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Em meio ao desencanto, o anúncio de Grand Theft Auto VI (GTA 6) reacendeu debates.
Pois, a Rockstar Games, dona de um legado inovador com títulos como Red Dead Redemption 2 e GTA 5.
Vai lançar em breve GTA 6 e há um temor: o jogo pode seguir a tendência de cobrar preços ainda mais altos.
Pois, há boatos de que todas as grandes empresas anseiam que ela venha cobrar 100 dólares no jogo base.
E usar essa desculpa para lançar seus jogos nesse novo padrão, e aumentar as margens de lucros.
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Porém, o detalhe é que a grande maioria esmagadora dos jogos triple A lançados, estão longe de entregar a qualidade de GTA.
E muitos nem superam o próprio GTA 5 ou Red Dead Redemption 2, que são jogos à muito tempo lançados.
É Possível Salvar a indústria Triple A?
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A decadência dos jogos Triple A não é um fim, mas um sintoma de escolhas equivocadas.
E enquanto eles priorizarem acionistas em vez de jogadores, a comunidade se divide: uma parcela fiel ainda compra por hábito.
E enquanto outra migra para os jogos indies, onde a paixão ainda dita as regras.
Porém, a única forma de reverterem esse cenário, seria investir em novas IPs.
E escutar feedbacks da comunidade, respeitar o tempo de desenvolvimento e priorizar a diversão.
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O caminho existe, mas exige que as gigantes lembrem-se de que jogos são para jogadores não acionistas.
E até mesmo se GTA 6 seguir a rota da ganância, poderá ser surpreendido com um novo público mais rigoroso.
Mas para nós desenvolvedores indies, essa é a oportunidade ideal para mostrarmos como jogos feitos com paixão moldam o mundo!
A indústria de jogos está em colapso? Veja o video logo abaixo:
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